domingo, 18 de março de 2012

Psicologia e Cinema

   Toda arte é, por excelência, uma forma de expressar afetos. Somos tomados por aspectos subjetivos ao produzir uma obra de arte e também ao contemplá-la.
   O cinema, como uma forma de arte bastante complexa, presta-se a esse fim, o de nos provocar em nossos aspectos mais íntimos.
   Filmes como os que comentei aqui: "Precisamos falar sobre o Kevin", "Minhas tardes com Margheritte", "Cisne Negro" e outros, infinitas possibilidades sobre as quais não comentei ("Melancolia", "A pele em que habito" , e tantos outros), são cheios de aspectos subjetivos, afetivos, e nos fazem rever e pensar sobre sentimentos que compõem nossa vida, nossas relações.
  

segunda-feira, 12 de março de 2012

Psicologia e Cinema

Por Vanessa Coutinho

   O filme "Precisamos falar sobre o Kevin", de Lynne Ramsay, apresenta diversas situações impactantes que podem provocar discussões muito interessantes a respeito da tão falada relação mãe-filho.
   Eva (Tilda Swinton) é uma mulher comum, nem boa nem má, nem santa nem demoníaca. É uma mulher que, no início do filme está completamente sozinha, sendo hostilizada pela comunidade em que vive.
   Aos poucos, através de suas lembranças, descobrimos que ela teve um filho, Kevin (Ezra Miller), um filho que não foi desejado, como tantos outros filhos não desejados que milhares de mulheres têm todos os dias. Sua relação com esse filho é difícil desde o início, apesar de, volto a dizer, ela não ser uma mãe má, e, por vezes, mesmo que de forma desajeitada, tentar conquistar um pouco o coração dessa criança tão peculiar. Há uma cena interessante em que Eva mostra felicidade por conseguir a atenção do menino ao contar para ele a história de Robin Hood (Um ponto fundamental na trama que se sucederá).
   Kevin, aos dezesseis anos, torna-se o autor de uma chacina em sua escola, e Eva parece receber sobre os ombros toda a culpa. Porém, ao receber a notícia da chacina, ela corre até a escola desesperada por pensar que seu filho pudesse estar entre as vítimas.
   Enfim, este é um filme que vale a pena ser visto, por trazer uma discussão a respeito da tão delicada relação mãe e filho. E por mostrar que uma mãe que não é "perfeita, santificada e beatificada", nem por isso é uma pessoa desprovida de humanidade.